Uma festa em muito diferente, é certo, pensada exclusivamente para o ambiente digital. Este ano invertemos os papéis e é o público quem nos recebe em sua casa.
O mais importante está assegurado: a apresentação online de espetáculos de qualidade, apenas possível graças à dedicação dos grupos de Teatro Académico, que continuam a desenvolver o seu trabalho de uma forma regular, apesar das condicionantes impostas pela situação que todos vivemos.
Além dos espetáculos, o FATAL - Outras Cenas oferece um programa interdisciplinar de oficinas, com o objetivo fomentar a formação artística, dotando todos os interessados de ferramentas que lhes permitam desenvolver a sua atividade teatral de forma mais consistente.
Honrando o compromisso com o seu público e participantes, o FATAL continua a ser um espaço de diálogo e reflexão. Nesta edição especial apresentamos um conjunto de tertúlias, sobre temas atuais e de grande interesse, tanto para a comunidade académica, como para o público em geral.
Com a certeza de que nos voltaremos a encontrar em palcos e plateias, despedimo-nos com um até já e um caloroso abraço!
As oficinas são gratuitas, sendo a sua frequência limitada às vagas disponíveis.
As candidaturas são feitas através de formulário, até às 00h00 dia 8 de maio. As vagas serão atribuídas por ordem de inscrição e os resultados comunicados por email no dia 8 de maio.
A Universidade enquanto criadora de conhecimento é também um polo disseminador e impulsionador de cultura e criatividade, contribuindo em larga escala para a valorização e crescimento intelectual de cada estudante.
Em contexto académico são comuns iniciativas de participação e mobilização da comunidade estudantil, para temáticas como os direitos humanos, sustentabilidade e ambiente, questões de género e de raça. Fazer parte de um grupo de Teatro Académico pode fazer a diferença no dia a dia dos estudantes, influenciando diretamente a dinâmica da academia.
Como pode o teatro, e em especial o Teatro Académico, intervir direta ou indiretamente na sociedade civil?
Contactar com os grupos de teatro académico permite-nos conhecer as suas diferentes realidades e desafios. O teatro académico é por natureza um lugar de manifesto, de desenvolvimento pessoal e colectivo, que cresce através da partilha de experiências e de todo o trabalho realizado pelos seus intervenientes. Mas, a importância destes colectivos vai muito além da academia. A participação de grupos de teatro académico em eventos, nacionais ou internacionais, é, ou pode ser, motor de actividade cultural e social nos locais onde eles ocorrem.
A conversa que propomos, parte da nossa experiência, ao longo dos anos, do trabalho do corpo. Um corpo performativo, criativo, presente, em constante aprendizagem e mudança. A nossa proposta, aberta ao público, pretende reflectir em conjunto acerca das possibilidades, diríamos infinitas, que os nossos corpos têm.
A função principal de um arquivo é manter a memória viva. Um arquivo implica um espaço físico com condições de preservação de diferentes materiais. Documentos, figurinos e cenários são apenas alguns dos elementos de que vive a prática teatral. Em 2019, no âmbito da 20.ª edição do FATAL, durante uma tertúlia sobre este tema, foram lançadas algumas questões:
- Como preservam, ou não, os grupos de Teatro Académico o seu espólio?
- Estará a memória do Teatro Académico comprometida?
O Movimento de Expressão Fotográfica (MEF) é uma Associação de Fotografia que trabalha há cerca de 20 anos na área da imagem, pretendendo promover o gosto pela mesma junto do grande público.
Nas suas atividades formativas, procuram criar condições para que, num contexto de criação, se estabeleçam diálogos, se gere pensamento crítico, e haja uma partilha construtiva de experiências fotográficas.
Se olharmos atentamente para imagens de espectáculo, observamos o efémero, e a fotografia teima em contrariar essa tendência. Um espectáculo de palco tem o seu fim anunciado, mas através do registo fotográfico o mesmo perdura, lutando contra esse destino previamente traçado. É deste momento eternizado que a fotografia de espectáculo se alimenta. Através do registo do diálogo, estabelecido com as personagens da fotografia, é possível a construção da imagem de um espectáculo próprio.
A parceria entre o FATAL e o MEF surge em 2009, após um convite da Reitoria da Universidade de Lisboa para a realização de um Workshop de Fotografia de Teatro, que incluía a cobertura fotográfica completa do FATAL. O MEF aceitou prontamente o desafio, encarando-o como uma oportunidade excelente para fotografar teatro, na sua dimensão de percepcionar o olhar do fotógrafo materializado no encontro de luzes e expressões.
As imagens que se seguem são resultado desta parceria que, de ano para ano, se fortalece. Sem o MEF o FATAL não seria a mesma coisa.
A Universidade de Lisboa, sob proposta da Faculdade de Letras, vai atribuir o grau de Doutor Honoris Causa a Jorge Silva Melo e Luis Miguel Cintra.